Fidel diz que envio de crianças aos EUA nos anos 60 foi manobra "cínica"
Ex-presidente cubano qualificou operação "Peter Pan" de "golpe baixo repugnante".
Agência Efe
Cuba
- O ex-presidente cubano Fidel Castro disse hoje que a "Operação Peter Pan", pela qual mais de 14 mil crianças foram enviadas da ilha aos Estados Unidos pelas famílias entre 1960 e 1962, foi uma "cínica" manobra de propaganda que a CIA (agência central de inteligência) não se atreve a "revelar".
"´Peter Pan´ foi uma manobra de propaganda cínica que teria sido invejada pelo próprio Goebbels, o ministro de propaganda nazista", diz Fidel em novo artigo de "Reflexões", publicado pela imprensa oficial. O ex-líder, ainda primeiro-secretário do governante Partido Comunista de Cuba, qualifica essa operação de "golpe baixo" e de "um dos mais repugnantes atos de agressão moral realizados" contra o país.
"Cada uma das 14 mil crianças envolvidas no drama seguiram seu traumático caminho", afirmou Fidel, e ressalta que "o tema do pátrio poder é sumamente sensível" e que "nenhuma das crianças precisava ser salva". As crianças foram enviadas aos Estados Unidos pelas famílias após a vitória da revolução em 1959, no que os cubanos, tanto em Havana quanto em Miami, qualificaram como o maior êxodo infantil do século XX no Ocidente.
O ex-governante, de 82 anos, lembra que a operação começou em 1960, quando seu Governo ainda "não tinha colocado obstáculo algum às saídas do país". "Ao longo de muitos anos a revolução facilitou a saída de cerca de um milhão de pessoas que, em sua maioria, foram aos Estados Unidos, o país mais rico, que estimula o roubo de cérebros e o despojo de pessoas instruídas e força de trabalho qualificada".
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"Corações Sujos", novo livro de Fernando Morais também deverá virar filme
Atualmente, além de lançar “Os soldados da Guerra Fria”, Morais planeja escrever um argumento para cinema sobre o que ficou conhecido como Operação Peter Pan, quando a CIA e a Igreja Católica tiraram de Cuba 14 mil crianças e as levaram para os Estados Unidos, na década de 1960. “É uma história impressionante, e muitas dessas crianças, hoje adultos da minha idade, nunca voltaram a Cuba, nunca reviram seus pais. Se tornaram americanos de verdade”. Para dirigir o filme, Morais quer o próprio Amorim, seu parceiro em “Corações Sujos”.
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Sáb, 09 de Julho de 2011 00:41
Em breve, o escritor reatará a parceria com Amorim. "Estamos trabalhando em outro projeto juntos, sobre a colaboração entre a CIA, o serviço de inteligência americano, e a Igreja Católica em Cuba, em um programa que ficou conhecido como Operação Peter Pan. Esta operação levou 14 mil crianças, entre meninos e meninas, para os Estados Unidos, e grande parte delas nunca mais voltou para Cuba", explicou Morais.
O episódio das crianças cubanas enviadas para orfanatos e lares americanos, sob a desculpa de que seus pais não tinha controle sobre os filhos no regime de Fidel Castro, é tema de um documentário dirigida pela americana Estela Bravo, radicada em Cuba. "Conheço o filme da Estela, que é ótimo, e estamos assisinto a outros filmes feitos por cubanos sobre o tema. Há um muito interessante chamado Do outro lado do vidro, inspirado na derradeira imagem que essas crianças cubanas tiveram dos pais, através do vidro do sagua do aeroporto de Havana", lembrou o Morais.
SAIBA DE TUDO ASSISTINDO AO VÍDEO A SEGUIR
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