Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. 1 Timóteo 2:5

sábado, novembro 17, 2007

Suspeito de pedofilia queria ser padre


Segundo a imprensa, Neil foi dispensado de seminário por falta de vocação. Ele foi preso depois de disponibilizar na web fotos pornográficas com crianças.

Christopher Paul Neil preso em Bangcoc (Foto: Sukree Sukplang/Reuters)

O canadense Christopher Paul Neil, detido na sexta-feira (19) sob acusação de pedofilia, na Tailândia, estudou em um seminário para virar padre, mas foi rejeitado pelos professores por falta de vocação, segundo informações de agências de notícias.

O suspeito, de 32 anos, conhecido como Vico, vinha sendo procurado pela Interpol desde que disponibilizou na internet fotos pornográficas com crianças. Preso em Nakhon Ratchasima, 270 quilômetros ao nordeste de Bangcoc, em uma casa alugada com um travesti, ele foi levado para a capital tailandesa.

Neste sábado, ele negou as acusações de que tenha molestado crianças na Tailândia, segundo a agência de notícias Reuters. Neil também pediu para que a família o tirasse da cadeia e disse que só iria falar na presença dos advogados.

O major da polícia tailandesa Wimon Pao-in afirmou nesta sexta-feira que o suspeito será julgado primeiro na Tailândia, mas que a Interpol poderá transmitir novas acusações à polícia tailandesa para obter a extradição. "A polícia pode mantê-lo na prisão para interrogá-lo até o fim do mês", afirmou.

Vico passou sua primeira noite numa cela da polícia criminal em Bancoc, sob vigilância cerrada por temor de tentativa de suicídio. Ele foi transferido em seguida para um estabelecimento de detenção preventiva.
"Ele estava muito agitado. Ele é acusado de agressões de menores, o que é passível de um pena muito pesada", indicou Wimon Pao-In.

Neil é acusado pela Interpol de agredir sexualmente 12 crianças e jogar na rede mundial de computadores 200 fotografias que mostravam os crimes. A polícia internacional acredita que as imagens tenham sido feitas no Vietnã e no Camboja, dois países conhecidos como destinos do turismo sexual.

Além disso, o canadense enfrenta na Tailândia acusações por abusos sexuais cometidos contra um menino de nove anos em 2003, crime para o qual a pena pode chegar a 20 anos de prisão.

Captura

Um travesti de 25 anos ajudou a polícia da Tailândia a prender Neil. Segundo o chefe da polícia turística, Paisal Luesomboon, a captura começou quando investigadores captaram um telefonema deste travesti tailandês com quem Neil teve contatos no passado.

Eles encontraram o travesti -- cuja identidade não foi divulgada -- na região nordeste da província de Chaiyaphum. Ao ser confrontado com os policiais, teria dito que ele e Neil alugaram uma casa juntos em outra região da Tailândia. Em seguida, teria levado os investigadores até essa residência.

A polícia não divulgou mais detalhes da captura. Paisal Luesomboon apenas disse que Neil sabia que estava sendo procurado e que, no momento da prisão, não reagiu nem falou muito com os policiais.

Identificação

Na última segunda-feira (15), a Interpol afirmou ter identificado o suspeito de pedofilia reincidente que teve a foto divulgada na semana passada após edição de imagens que corrigia distorção.

A organização, com sede em Lyon (França), informou que o homem ensinava inglês na Coréia do Sul. A busca dos agentes chegou até a Tailândia, onde se acreditava que o homem estivesse.

Imagens de câmeras de vídeo mostraram o canadense no aeroporto de Seul no dia 11, antes de pegar um vôo com destino à Tailândia. Lá ele era procurado pela polícia tailandesa e por agentes da Interpol.

Denúncias

A Interpol recebeu cerca de 200 mensagens no período de 12 horas relacionadas ao pedófilo e disponibilizou na web suas fotos abusando de crianças. Na última segunda-feira (8), a divisão francesa da Interpol divulgou fotos e fez um apelo para que os internautas ajudassem na identificação do criminoso.

Para que a divulgação da foto fosse posssível, especialistas usaram uma técnica de manipulação de imagens digitais. Isso porque o suspeito (ou um cúmplice dele) divulgou na web cerca de 200 imagens com seu rosto digitalmente alterado – as fotos eram tiradas enquanto ele abusava de crianças, que tinham a partir de seis anos. Só depois do uso de uma técnica não especificada, os especialistas conseguiram tornar algumas dessas imagens “identificáveis”.


por Agência Globo
(do site http://midiacon.com.br)

Nenhum comentário: