Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. 1 Timóteo 2:5

segunda-feira, setembro 10, 2007

Livro "LOS VELOS DE DIOS" - capítulo 3 traduzido para o português


MELQUISEQUE
O PRIMEIRO VÉU DE DEUS NA TERRA

Quando em seu “Projeto Terra” Deus dá início a Seu maravilhoso plano da Graça nos dias de Abraão, se despoja corporalmente de sua glória pela primeira vez, se veste com aparência de homem e aparece misteriosamente encoberto entre os homens. E da mesma maneira que aparece dentro do rol da matéria e espaço vestido de homem, assim também desaparece “sem princípio de dias nem fim de vida”. Não nasce nem morre dentro da lei natural como acontece com todo ser vivente. Tampouco é produto de uma gestação biológica. Vem a esta Terra semelhante ao Filho de Deus, mas sem pai nem mãe conhecidos. Materializa-se em um véu de carne humana, mas sem participação genealógica. É Um que vive sem haver nascido. É uma espécie de teofania antropológica. É homem e Deus ao mesmo tempo. (Hb 7.11)

Logo, ele que fez o homem, não pode a si mesmo fazer-se homem todas as vezes que quiser? Vestiu a seus deuses de carne para se vestir do mesmo (Hb 2.14), nos chamou deuses; mas também disse: “mas como homens morrereis” (Sl 82.1-7). Somos deuses e somos homens.(Dt 10.17). Ele se alegra em compartilhar nossa natureza humana e nossa habitação terrenal para nos amar. Desceu às regiões mais baixas da Terra (o ventre da mulher) para subirmos ao mais alto (a sua mente) (Ef 4.9,10); O antigo patriarca disse:

“vestiste-me de pele e carne; teceste-me de ossos e nervos”(Jô 10.11,12)

Deus se simplifica humanizando-se, para fazer-se acessível; entretanto o homem o torna complexo e o envolve místico e distante.

Melquisedeque era uma personagem com aparência cem por cento humana; por essa razão nenhum de seus congêneres em seu tempo pode reconhecer que Ele era um VÉU onde o Deus Altíssimo se escondia para visitar a Terra em um momento estratégico da história.

Venho para receber pessoalmente das mãos do Pai da Fé o grande reconhecimento que marcaria o modelo para todas as gerações futuras, de como o homem honraria com seus bens a Deus Criador de todas as coisas.

Logo, por sua origem; pelas características de Seu advento; pelo tempo em que aparece simultaneamente com Abraão, e por Seu ofício que cumpre na histórica cidade de Salém, Melquisedeque é Quem introduz e estabelece na Terra o sacerdócio eterno e perfeito do Novo e Grande pacto de Deus com a descendência de Abraão.

Posteriormente, em uma transição de tempos e idades, Jesus de Nazaré e José Luis de Jesús Miranda como Véus de Deus dentro da linha desse mesmo Pacto, vem na mesma ordem do Sacerdócio eterno de Melquisedeque, em contraste com o sacerdócio Aarônico Levítico que havia de morrer.
A função de Jesus de Nazaré era derramar Seu sangue em uma cruz como Cordeiro de Deus para tirar o pecado do mundo; selar um novo Pacto com seu sacrifício vicário, e abrir um caminho novo e vivo para a descendência de Abraão.
Mas a função de José Luis de Jesús Miranda como JESUS CRISTO HOMEM é a edificação de Sua Igreja com a pregação do verdadeiro Evangelho do Novo Pacto e reinar sobre as nações juntamente com Seu povo. Mas é Paulo quem destaca a grandeza peculiar de Melquisedeque como véu de Deus quando escreve sua epístola aos hebreus:

“Considerai, pois, quão grande era este, a Quem ainda Abraão o patriarca deu dízimos dos despojos” (Hb 7.4)

Disse mais, que: “aquele que tomou das mãos de Abraão os dízimos dos despojos, foi UM de quem se dá testemunho de que vive”(Hb 7.8); UM que é imortal.

Melquisedeque, pois, aparece nos dias de Abraão como uma antecipação profética e um tipo perfeito de Cristo.

Em cada aparição e através de cada um dos véus, Deus sempre marca uma nova etapa na história e no amadurecimento de seus planos. Em sua geração ninguém pôde reconhecer a verdadeira identidade de Melquisedeque, exceto Abraão. Deus assume um ofício sacerdotal para abençoar pessoalmente ao que tinha as promessas. O menor é abençoado pelo maior (Hb 7.6,7).

Quando Abraão trouxe a Melquisedeque os dízimos de todos os despojos, depois de sua vitória frente aos raptores de Ló; estava estabelecendo um precedente e marcando um princípio de fé e prosperidade que nunca mais seria mudado; 430 anos depois quando celebra Seu Pacto com Israel no monte Sinai, Deus sublinha a continuação deste princípio, dizendo ao povo:

“Certamente dizimarás de todo o produto de teu trabalho”(Dt 14.22)

Mais tarde, pela boca de Malaquias, antes de se fechar o testamento do Velho Pacto que havia celebrado com Moisés, Deus volta a dizer ao povo:

“Roubará o homem a Deus? Pois vós me haveis roubado. Em que temos te roubado? Perguntou o povo. Em vossos dízimos e ofertas; malditos sois com maldição porque vós, a nação toda me haveis roubado.”(Mq 3.8,9).

Nunca mais Israel pôde se sobrepor a esta sentença de maldição. Com a vinda de Jesus de Nazaré se fechou para sempre o Pacto com este povo e Israel como nação ficou afastado do reino. Logo, é por meio dos dízimos e ofertas que o homem expressa seu reconhecimento à soberania de Deus e seus direitos inalienáveis como dono e Senhor de toda a criação.

Pela boca de Ageu, referindo-se ao Novo Pacto, o Senhor diz:

“farei tremer todas as nações e virá o Desejado de todas as nações(o último véu de Deus sobre a Terra) e encherá de glória esta casa (a Igreja).”

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