Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. 1 Timóteo 2:5

sexta-feira, agosto 31, 2007

OS VÉUS DE DEUS - Capítulo 2


ISAÍAS, O PROFETA MESSIÂNICO E O PROFETA DO REINO

Isaías é o profeta maior que mais claramente nos fala do grande propósito de Deus de manifestar-se ao homem usando carne ou a representação humana. Deus vestindo-se de homem para estar entre os homens.

Referindo-se ao advento do Senhor à Terra como Messias de Israel, diz:

“Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho e chamará Seu nome Emanuel. Comerá manteiga e mel até que aprenda a desprezar o mau e a escolher o bom.” (Isaías 7.14,15)

Deus mesmo diminuindo-se e submetendo-se às leis do tempo e do espaço, e tomando corpo no ventre de uma mulher virgem, para logo nascer na Terra como todo ser vivente. O autor e criador do bem e do mal aprendendo a desprezar o mau e escolher o bom. Fenomenal! (Hb 5.7-9)

Entretanto, o profeta repete a visão, e em um capítulo posterior de seu livro, introduz a profecia anterior com o anúncio de um segundo advento do Senhor em carne para governar como Rei Eterno no trono de Davi:

“Porque UM MENINO nos nasceu, filho nos deu e o principado sobre seu ombro e chamarás seu nome Admirável, Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno e Príncipe da Paz.”

Sabemos que estas características de seu nome que Isaías cita aqui, não se deram na vida do Senhor como servo sofredor em seu primeiro advento.

“A amplitude de seu império e a paz não terão limite.” (Is 9.6,7)

A visão profética dá um salto de (2000) dois mil anos para nos mostrar o Senhor vindo em carne duas vezes à Terra. Primeiro: como servo sofredor para morrer em uma cruz; e depois como Rei para reger os gentios. Por outro lado, este profeta une o mesmo parágrafo ao capítulo das grandes vindas do Senhor em sua manifestação carne, para estabelecer seu reino.

Com tudo isso o Senhor quis quebrantá-lo, sujeitando-o ao padecimento. Quando haja posta sua vida em expiação pelo pecado...Que sucederá?

“Verá sua posteridade, viverá por longos dias e a vontade do Senhor será em Sua mão prosperada. Verá o fruto da aflição da sua alma e ficará satisfeito. Portanto, eu lhe darei parte com os grandes e com os fortes repartirá despojos.” (Is 53.10-12)

Entretanto, este último não se cumpriu na vida do Senhor, em Sua primeira vinda em carne como servo sofredor. Pois em Sua primeira vinda como Cordeiro de Deus, ele só viveu 33 anos.

Não viu posteridade nem tampouco viu nenhum fruto de seu sacrifício; nem nunca teve parte com os grandes nem com os fortes de Seu povo. Ele se associou com os pequenos e com os débeis; e estes, finalmente lhe abandonaram. É claro que deveria vir outra vez igualmente em carne como o viu o profeta, para cumprir a parte posterior e culminante de Sua profecia. Mas não viria mística nem apocalipticamente como tem sido a interpretação tradicional; senão nascendo novamente de pais humanos, de um ramo da linhagem de Davi; como um Filho de Homem nascido de mulher ainda encoberto como ladrão na noite.

Logo, Isaías é quem identifica o Senhor como o Deus que se encobre usando véus humanos:

“Verdadeiramente Tu és Deus que te encobres; Deus de Israel que salvas.”

Por outro lado, o sábio proverbista escreve: “glória de Deus é encobrir um assunto.” (Is 45.15; Pv 25.2)

É verdade que Deus se glorifica hoje com o Grande assunto de sua Graça que encobriu do homem durante 6000 anos: Paulo o chama de “o mistério que esteve oculto desde os séculos”(Cl 1.16; Ef 3.9)

O tesouro que ele mesmo ocultou depois de comprar o campo, (Mt 13.44). Em sua primeira vinda, para redimir a Sua Igreja do pecado e da morte, participou de carne e sangue. Entretanto, se escondeu dos judeus. João em seu livro histórico escreveu:
“No mundo estava, e o mundo foi feito por ele; mas o mundo não o conheceu”.(Jo 1.10). ESCONDEU-SE - “aos seus veio, mas os seus não lhe receberam”. ENCONDEU-SE.

Paulo diz que Deus mesmo ocultou aos príncipes deste século Sua sabedoria para que crucificassem ao Senhor da Glória. (1 Co 2.6-8) ESCONDEU-SE. Logo na primeira etapa de Sua segunda vinda, o Senhor apareceria da mesma maneira: “escondido, Assim como ladrão na noite.”

A simbologia dos véus está expressa na economia ritual do Antigo Pacto na reunião do tabernáculo. Deus esconde a glória de Seu Ser atrás de um desbotado cortinado de couros de texugos. Desta maneira o Senhor tipifica a simplicidade de todas as suas manifestações humanas.

Deus plasma na história um triplo antecedente de suas manifestações como homem e quando chega pela quarta e última vez à Terra, acha o mundo em sua imutável condição de dureza e incredulidade. Desde os dias de Noé até hoje, não obstante seus progressos culturais, científicos e tecnológicos, o homem permanece igual. Em sua primeira vinda o Senhor disse:

“como nos dias de Noé, assim também será nos dias do Filho do Homem”. (Lc 17.26)

É significativo que o Senhor tenha falado “os dias do Filho do Homem” referindo-se a uma vinda relâmpago para raptar a Igreja e levá-la ao terceiro céu com é a interpretação popular; senão a uma estada de muitos dias aqui na Terra.


Mas vejamos como durante 6000 anos da história do homem sobre a Terra, Deus participou várias vezes de um véu de cabine e sangue para cumprir Seu Grande propósito dos séculos: criar um povo para Seu nome; e como através de uma junção de períodos cronológicos, Deus vem revelando progressivamente Seu eterno Plano de Graça, e se revelando a si mesmo em sua plena identidade Paternal para com os Seus.

O Deus que se encobre ao longo de séculos e idades, logo começa a descubrir-se lentamente, até o dia quando reflete Sua glória em sua grande manifestação como Rei de reis e Senhor de senhores. O antigo profeta disse:

“e o senhor será visto por eles.”(Zc 9.14) “y o senhor será Rei sobre toda a Terra. Naquele dia o Senhor será UM e UM seu nome.”(Zc 14.9)

Não haverá mais véus. É através de um último véu que todo olho o verá e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor.

Então, Melquisedeque nos dias de Abraão; Jesus de Nazaré para os judeus, e José Luis de Jesus Miranda como regente dos gentios, são os véus que Deus utilizou no desenvolvimento glorioso de Seu Plano do Novo Pacto. Moisés também, como véu de Deus se apresenta, como uma interseção nesta linha; é o promulgador de um Pacto acrescentado, de um Pacto que não é de fé.

Mas olhemos como Melquisedeque aparece entre os homens sem a participação de paternidade nem de maternidade terrenal. NÃO nasce nem morre. Jesus de Nazaré nasce do ventre de uma virgem sem ser gerado por pai terrenal. Nasce para morrer. Em compensação José Luis de Jesús Miranda vem à Terra como todo ser humano; com um pai e uma mãe terrenais. Mas nasce para não morrer.
É a ordem de suas manifestações humanas: Deus voltando mais humano e terrenal para ter mais intimidade com o homem; mas ao mesmo tempo, volta imortal, para nos imortalizar.

Primeiro aparece incógnito, e a humanidade inteira daquele tempo.
Ignora Sua presença na Terra. Somente Abraão reconhece que Melquisedeque é uma representação do Deus Altíssimo. Depois aparece como libertador e legislador de um povo insignificante e duro de cerviz. Na presença deste povo faz maravilhas no Egito e milagres no deserto. Posteriormente aparece como Messias deste mesmo povo e com milagres e sinais confirma a dureza e a incredulidade de Israel.

Mas, ao mesmo tempo, com Seu sacrifício em uma cruz, paga o preço para a redenção, adoção e aquisição de um novo povo; Sua Igreja. Logo permite que transcorram dois mil anos através dos quais se cumprem as estações dos tempos; até que chega o amanhecer de um novo Dia: o Grande Dia do Senhor na manifestação de Sua Glória. Agora Deus, qual gigante entre os homens, faz valer sua verdade e seus irrevogáveis direitos como Criador e Senhor. O Senhor Reina.

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