
Nova dúvida na evolução humana (matéria publicada no JB de 09/08/2007)
CHICAGO. Fósseis encontrados no Sudeste africano confundem as teorias sobre a evolução humana, ao sugerir que as espécies ancestrais Homo erectus e Homo habilis conviveram por meio milhão de anos. O crânio e a mandíbula superior descobertos mostram que os seres humanos não evoluíram tão perfeitamente como uma carreira de dominós, do Homo habilis, ao Homo erectus e eventualmente para os atuais Homo sapiens.
- Existe uma visão de que o Homo habilis evoluiu muito lentamente até se transformar no Homo erectus - explicou Susan Anton, professora de antropologia da Universidade de Nova York. - Agora, sabemos que os dois coabitaram, e que essa evolução progressiva não é o caso.
Segundo o esquema evolutivo contemporâneo dos humanos, o Homo habilis apareceu por volta de 2,5 milhões de anos atrás e deixou de existir, abrindo espaço para o Homo erectus, há 1,8 milhões de anos.
Ambos os fósseis foram encontrados em 2000, a Leste do lado Turkana no Quênia, durante escavações do projeto de pesquisa Koobi Fora, mantido pelo Museu Nacional do Quênia. Além de Susan, participaram do achado o paleontólogo Meave Leakey, sua filha Louise Leakey - ambos exploradores residentes da Sociedade Geográfica Nacional - e Fred Spoor, da University College London.
Pela proximidade dos ossos encontrados, é provável que ambas as espécies tivessem fontes de comida e padrões de comportamento diferentes, para conviverem sem competirem e se extinguirem.
- Estavam a dois ou três minutos de caminhada de distância um do outro - revelou Patrick Gathogo, da Universidade de Utah, que ajudou a estudar as camadas geológicas. - Eles precisam ter interagido.
A mandíbula superior pertence a um Homo habilis e data de 1,44 milhões de anos, o que é anterior aos outros fósseis da espécie já conhecidos.
- O novo fóssil sugere que o Homo habilis era uma espécie irmã do Homo erectus, vivendo ao mesmo tempo. Não uma espécie mãe que teria dado origem à outra - completou Spoor.
O crânio bem-preservado é de um Homo erectus e data de 1,55 milhões de anos. É um fóssil intrigante devido ao seu tamanho: é o menor crânio da espécie já encontrado, indicando uma diversidade maior do que a acreditada até o momento pelos pesquisadores.
Essa diversidade pode ser a prova de que, assim como os gorilas, nos quais machos têm crânios bem maiores que as fêmeas, o Homo erectus apresentava dimorfismo sexual. A redução das diferenças no formato do esqueleto entre os sexos é considerada um traço adquirido durante o processo evolutivo humano.
- Isso faz com que o Homo erectus seja um pouco menos parecido conosco - disse Susan.
Os dentes e mandíbulas menos potentes do Homo erectus respondem por um regime baseado em carne e outros alimentos menos duros. Ao contrário do Homo habilis, adaptado a tubérculos e sementes.
Spoor observou que existem evidências de que o Homo sapiens evoluiu do Homo erectus, há aproximadamente 1 milhão de anos. De acordo com o cientista, é provável que ambas as espécies tenham um ancestral comum vivendo na África entre 2 milhões e 3 milhões de anos atrás.
COMENTÁRIO DO BLOG - No dia da transformação de nossos corpos, os cientistas constatarão que todo esse esforço foi inútil e que o criacionismo explicado por Jesus Cristo Homem é o único caminho para entender de onde viemos, quem somos e para onde vamos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário